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De quartinho da bagunça a home office: o cantinho de trabalho de Gabi Dourado

Gabi Dourado é jornalista, e é daquelas viciadas no ambiente da redação, de falar com pessoas e até do caos que é pensar e fazer a edição do dia seguinte. Com passagens pela TV, pelo digital e pelo impresso, durante a pandemia, teve de se adaptar a um mundo que funciona a distância. “No começo, quando a equipe foi para casa, teve aquela euforia. Eu estava em uma rotina muito movimentada de trabalho. Então teve aquele momento que todo mundo passou: de pensar que ia poder trabalhar do jeito que quisesse, ficar em casa e ter mais tempo”. 

A lua-de-mel com o home office durou pouco e logo tudo foi ficando, com ela própria diz, esquisito. “Sempre trabalhei em algum lugar. Então comecei a sentir muita falta de ter esse lugar. Eu via muita gente comemorando o fato de estar trabalhando na cama, de pijama, ou na cozinha… e isso, pra mim, não funcionava”. Gabi também sentia falta dos rituais do dia a dia, como se arrumar, tomar café da manhã e sair para trabalhar. 

Mão na massa no quartinho 

Gabi conversa com a gente do quartinho da bagunça de seu apartamento, ou melhor, do seu escritório. O espaço foi a solução encontrada para tornar essa adaptação um pouco mais fácil. “Estava me dando uma angústia trabalhar olhando pra uma parede branca, sabe? E tudo começou quando eu decidi entrar nesse quarto e ir abrindo espaço. A primeira coisa foi colocar uma prateleira. Quando tirei as coisas do chão, comecei a ver o potencial do espaço”. 

A jornalista se intitula como a “louca do Pinterest” e foi do site que vieram a maior parte das referências para montar o espaço. “Minha cabeça não é profissional e foi muito passo a passo. Eu decidi que queria uma parede amarela, por conta dessa coisa da energia, de ser solar… então fui no aplicativo da marca de tintas e fui testando”. Gabi queria pintar a parede inteira, mas faltava tempo e disposição. Do Instagram, onde a jornalista estava postando os bastidores da pequena reforma, uma seguidora deu a ideia de pintar apenas uma parte da parede, criando uma forma gráfica.

Parede pintada, faltava o mais importante: uma boa estação de trabalho. A inspiração para a escrivaninha também veio do site de referências. Entre comprar uma mesa do modelo que viu na internet e usar o que tinha, a jornalista decidiu reformar o móvel com as próprias mãos. Depois vieram as plantinhas, a rotina de trabalho foi se encaixando, e em pouco mais de duas semanas aquele quartinho foi organizando a bagunça desses tempos.

“Não é talento, é necessidade. Eu não colocava um prego na parede. A primeira vez que preguei um, pensei ‘nossa, que delícia pregar um prego na parede’. Claro que se eu pudesse pagar pra fazer a reforma teria sido muito mais rápido. Mas ao mesmo tempo, eu olho pra tudo, que não tá perfeito, e penso que fui eu que fiz e isso me deixa muito orgulhosa. Se tudo isso, fui eu que fiz, eu posso fazer qualquer coisa”. 

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